O SANATÓRIO (Portuguese Edition)

Uma detetive cheia de traumas que nem no ativo está, um segredo do passado que descobri no capítulo 19 de 92, um assassino descoberto para aí no capítulo 60 de 92... E os motivos que ligam tudo? Enfim, adiante. Muita tentativa de criar tensão que se sentiu forçada e que me irritou mais do que me prendeu, pensamentos repetitivos e um constante "o A é capaz de matar" e "o B é capaz de matar", ao ponto de até eu já estar capaz de matar a personagem. E para terminar um epílogo que foi colocado também ali à força para ter uma ligação para um próximo livro. A personagem principal leva anos a confrontar o irmão com o que a atormenta, e precisamos disto ou já tínhamos perdido metade do livro e não tínhamos este conteúdo, o do tal segredo que desvendei no capítulo 19 e que apenas está preto no branco no capítulo 76, que é quando a detetive descobre o que realmente aconteceu. Não parece real, não que estes bloqueios não existam, mas sim que alguém tão afetado por um momento da vida leve tantos anos a confrontar alguém com isso... Quanto às mortes a autora tenta apontar em tantas direções para um suspeito, que começa a ser óbvio que são pistas falsas e se percebe que o culpado é quem sobra. Depois estão todos num hotel, fechados, o assassino está lá dentro no meio deles, não sabem quem é tal pessoa mas a detetive continua a comentar o que se passa com uma quantidade de pessoas que podem ser o próprio do assassino... estupendo! Ainda para mais há coisas que não fazem sentido como a pessoa que morreu porque "bateu na rocha com o sítio errado da cabeça", como se houvesse um sítio certo para dar cabeçadas em rochas